terça-feira, 7 de julho de 2015

A partir de 2016 será cobrado taxa entrada em Ilha Grande no Rio de Janeiro, a fim de conter visitação desordenada.



      Foto : O  Globo


Rio de Janeiro — Visitar uma das 113 praias da Ilha Grande, na Costa Verde fluminense, pode ficar mais caro ainda no primeiro semestre do ano que vem. O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, afirmou, na quarta-feira, que o governo estuda implementar um modelo de PPP (parceria público-privada) na joia ambiental do Rio, nos moldes do que ocorre no arquipélago de Fernando de Noronha. O objetivo, explicou, é garantir um turismo sustentável e menos invasivo. Estudos apontam que praias como Araçatiba, Provetá e Japariz estão recebendo mais gente do que podem suportar.

A ONG Instituto Semeia recebeu R$ 2 milhões do Fundo Mata Atlântica do Rio, composto por dinheiro de compensações ambientais de empresas, para desenvolver o projeto. No ano passado, o instituto coordenou um modelo de concessão do circuito ecológico Rota Lund, em Minas Gerais. O poder público não tem braço para controlar a Ilha Grande. E temos problemas de superlotação em alguns locais. O modelo ainda está sendo estudado, mas a ideia é que no primeiro semestre do ano que vem esteja definido. Pode ser uma concessão plena ou patrocinada. A Ilha Grande vai ter muita atratividade — disse o secretário.

A Ilha Grande abrange três unidades de conservação estaduais — uma Área de Proteção Ambiental (APA) Tamoios, o Parque Estadual da Ilha Grande e a Reserva Biológica da Praia do Sul. Além da taxa de controle ambiental, o projeto prevê a instalação de roletas nos pontos de embarque de Angra dos Reis, Mangaratiba e Conceição de Jacareí e no desembarque na Vila do Abraão.
Somente no ano passado, a Ilha Grande recebeu 450 mil visitantes. A maior concentração populacional fica na Vila do Abraão. Com cerca de 4 mil moradores fixos, o local, porta de entrada do santuário, recebe nos feriados até 5 mil visitantes.


O oposto do que acontece com a Cidade de Ilha Grande no Piauí, no qual seu fluxo de vistantes é baixíssimo. No entanto uma das poucas características similares é, até um presente momento, o descontrole da atividade turística, o que pode causar sérios danos, tanto ao meio ambiente com as comunidades receptoras.  


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