Foto : O Globo
Rio de Janeiro — Visitar uma das 113
praias da Ilha Grande, na Costa Verde fluminense, pode ficar mais caro ainda no
primeiro semestre do ano que vem. O secretário estadual do Ambiente, André
Corrêa, afirmou, na quarta-feira, que o governo estuda implementar um modelo de
PPP (parceria público-privada) na joia ambiental do Rio, nos moldes do que
ocorre no arquipélago de Fernando de Noronha. O objetivo, explicou, é garantir
um turismo sustentável e menos invasivo. Estudos apontam que praias como
Araçatiba, Provetá e Japariz estão recebendo mais gente do que podem suportar.
A ONG Instituto Semeia
recebeu R$ 2 milhões do Fundo Mata Atlântica do Rio, composto por dinheiro de
compensações ambientais de empresas, para desenvolver o projeto. No ano
passado, o instituto coordenou um modelo de concessão do circuito ecológico
Rota Lund, em Minas Gerais. O poder público não tem braço para controlar a Ilha
Grande. E temos problemas de superlotação em alguns locais. O modelo ainda está
sendo estudado, mas a ideia é que no primeiro semestre do ano que vem esteja
definido. Pode ser uma concessão plena ou patrocinada. A Ilha Grande vai ter
muita atratividade — disse o secretário.
A Ilha Grande abrange três
unidades de conservação estaduais — uma Área de Proteção Ambiental (APA)
Tamoios, o Parque Estadual da Ilha Grande e a Reserva Biológica da Praia do
Sul. Além da taxa de controle ambiental, o projeto prevê a instalação de
roletas nos pontos de embarque de Angra dos Reis, Mangaratiba e Conceição de
Jacareí e no desembarque na Vila do Abraão.
Somente no ano passado, a
Ilha Grande recebeu 450 mil visitantes. A maior concentração populacional fica
na Vila do Abraão. Com cerca de 4 mil moradores fixos, o local, porta de
entrada do santuário, recebe nos feriados até 5 mil visitantes.
O oposto do que acontece com a Cidade de Ilha Grande no Piauí, no qual seu fluxo de vistantes é baixíssimo. No entanto uma das poucas características similares é, até um presente momento, o descontrole da atividade turística, o que pode causar sérios danos, tanto ao meio ambiente com as comunidades receptoras.
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